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sábado, 1 de janeiro de 2011

SETE NECESSIDADES BÁSICAS DA CRIANÇA

Segue abaixo um resumo de um livro que me foi indicado pela minha amada esposa Caroline:
Sete necessidades básicas da criança / John M. Drescher; traduzido por Neyd Siqueira. – São Paulo: Mundo Cristão, 1999.



Criar filhos nunca foi uma tarefa fácil e hoje tudo piorou. O mundo parece estar girando cada vez mais rapidamente.
Os filhos estão crescendo em circunstâncias muito diferentes daquelas experimentadas pelos pais. A nova geração tem de competir a todo custo, enfrentando pressões mais poderosas do grupo e tensão emocional intensa.
Cada criança tem certas necessidades básicas. Se tais necessidades não forem satisfeitas bem cedo, a criança ficará perturbada e buscará satisfação em direções erradas e por vezes prejudiciais.



1. AS CRIANÇAS PRECISAM DE UM SENTIDO DE SIGNIFICADO

A criança quer ser notada e reconhecida como uma pessoa de valor. Os seres humanos necessitam ser notados, apreciados e amados como são, caso devam ter um sentido de significado.
A criança pode ter crises de raiva e estragas os brinquedos de outras só para chamar atenção. Mas o jovem que não adquiriu o sentido de significado, corre em alta velocidade com o carro, deixando marcas de pneu na estrada, assim como de inúmeras outras maneiras.
Como esta necessidade básica de significado pode ser satisfeita na vida de uma criança? Algumas vezes começamos com suposições erradas.

Três Suposições Falsas

a) A primeira suposição falsa é a de que o relacionamento pai-filho tem prioridade sobre o relacionamento marido-mulher;
É bom lembrar que o casamento é permanente enquanto a paternidade é passageira. Se os pais estiverem felizes, esta felicidade é transferida à criança.
b) Uma segunda suposição falsa é que a criança tem o direito de ser o centro das atenções;
O resultado são crianças egocêntricas. Existe uma geração de pais paralisados que estão permitindo que seus filhos tomem as rédeas, onde o centro correto é o relacionamento marido-mulher.
c) Uma terceira suposição falsa é que a criança deve ser empurrada o mais rapidamente possível para o desempenho de papéis mais amadurecidos.
Temos uma terrível dificuldade em permitir que as crianças sejam crianças. Por que? Porque muitos pais querem realizar-se através dos filhos. Mas ao forçá-los a desempenhos prematuros eles geram sentimentos de frustração e incompetência.

Forças Destrutivas

Ferir o auto-respeito de uma criança pequena é pior do que espancá-la e deixa cicatrizes indeléveis. Se uma criança ouvir repetidamente que jamais será nada, começará a acreditar nisso. Se não conseguir ser bem-sucedida, a culpa não será inteiramente sua.

Como Construir um Sentido de Significado?

I. Sua atitude como pai em relação a você mesmo é básica e irá afetar a auto-estima de seu filho;
II. Deixe que seu filho ajude em casa. Elogiar a criança desde cedo, quando ela faz pequenos serviços, dá-lhe uma sensação de significado;
III. Apresente seu filho a outros. O nome é muitíssimo importante para a criança assim como para o adulto;
IV. Deixe que a criança fale por si mesma. Quando os pais falam pela criança, minam seus auto-respeito e diminuem seu significado, ao fazerem isso advertem a criança de que ela é insignificante e desqualificada para falar por si mesma;
V. Dê à criança o privilégio da escolha e respeite suas opiniões sempre que possível. Quando permitimos que a criança faça a escolha, nós lhe damos um sentimento de significado;
VI. Passe tempo com seu filho. Nós transmitimos a nosso filho um senso de auto-respeito quando tomamos tempo para ouvir suas preocupações, quando olhamos em seus olhos ao falar conosco;
VII. Encoraje o sentimento de dignidade e importância, confiando ocasionalmente a seu filho coisas que lhe causem surpresa. As crianças ficam mais responsáveis e se desempenham melhor quando mostramos confiar nelas.

Para VOCÊ pensar um pouco ...
 Passo algum tempo como meu filho sempre que estou em casa?
 Dou a meu filho responsabilidades especiais para provar que confio nele?
 Acredito que o relacionamento marido-esposa tem prioridade sobre aquele entre pais e filhos?


2. AS CRIANÇAS PRECISAM DE SEGURANÇA


Os pais não dão segurança cercando o filho de coisas materiais, ma envolvendo-o nos braços do amor.
Existem dois tipos de liberdade: o falso, em que a pessoa pode fazer o que quiser, e o verdadeiro onde ela tem liberdade para fazer aquilo que deve fazer.

Condições que criam insegurança

a) Conflito entre os pais. Poucas coisas são mais ameaçadoras para uma criança do que ver aqueles que conhece melhor, de quem sua vida depende, com inimigos brigando continuamente. Ter diferenças agudas e resolvê-las em amor pode ajudar o filho a enfrentar a vida realisticamente;
b) Mobilidade. Os pais que se mudam muito geram na criança a falta de se sentir em casa em algum lugar;
c) Falta de disciplina adequada. A criança jamais saberá onde se acham os verdadeiros limites de sua vida. Os jovens podem parecer zangados ou injustiçados quando os limites são estabelecidos, mas ficam satisfeitos no íntimo, porque os mesmos lhe dão um sentimento de segurança;
d) Ausência dos pais. A ausência dos pais cria insegurança;
e) Críticas contínuas. Nada do que a criança faz é certo. A criança sente-se esmagada quando julga que os pais não gostam dela, constatemente a criticam e não têm tempo para ela, ou se sente que não é desejada;
f) Coisas e não pessoas. O dinheiro e os presentes dos pais parecem ser uma recompensa pela falta de tempo e amor para com a criança;
g) Pais inseguros. Alguns problemas discutidos descuidadamente diante dos filhos, podem causar medo e insegurança. Os pais inseguros geralmente têm grande dificuldade em prover disciplina consistente.

O que Promove a Segurança?

I. Segurança entre o pai a mãe. Por trás das ocasionais diferenças de opinião, o filho deve poder sempre sentir o amor, a confiança e a lealdade. Seu filho sorrirá para você e mais tarde para o mundo, se vocês dois jamais deixarem de sorrir um para o outro;
II. Um amor generoso e contínuo dos pais pelo filho. Para sentir-se segura a criança precisa ser carregada, abraçada e ouvir palavras de afeto. O amor ajuda a criança a enfrentar o que vier;
III. União na família. As pesquisas mostram que as crianças começam a andar com a turma errada quando não sentem que há união na família;
IV. Rotina regular. Horas certas para fazer as coisas na família promove a segurança e relacionamentos sadios;
V. Disciplina adequada. O filho jamais sabe claramente o que se espera dele ou o que pode ou não fazer;
VI. A influência do toque. O fato de sentir as mãos e os braços amorosos dos pais fica impresso na mente da criança. Algumas pessoas têm dificuldade em aproximar-se de outras como adultos e em desempenhar-se bem no casamento porque jamais se sentiram fisicamente próximas de seus pais;
VII. Sentimento de pertencer. A criança quer fazer parte de uma família, se sentir que não pertence, é certo que ficará insegura. Os sentimentos de pertencer ou fazer parte são gerados quando fazem coisas juntos. A segurança emocional e espiritual é muito mais importante do que a segurança econômica e física.

Para VOCÊ pensar um pouco ...
 Acho que nossos filhos sentem-se razoavelmente seguros?
 Evitamos transmitir nossos temores a nossos filhos?
 Nosso filho pode ter medo de que nosso casamento esteja acabando?


3. AS CRIANÇAS PRECISAM DE ACEITAÇÃO


A aceitação estabelece uma base sólida para o crescimento e autoconfiança. O pai é uma espécie de espelho em que o pequenino se vê, influenciando sua percepção de si mesmo e do tipo de pessoa que é. Ele absorve o clima emocional do lar, sentindo desde cedo se está cercado de cuidados e amor ou de egoísmo e tensão.

Por Que as Crianças Sentem Falta de Aceitação?

a) As críticas constantes à criança criam sentimentos de fracasso, rejeição e desajuste;
b) Comparar a criança com outros transmite falta de aceitação. A comparação contínua cria sentimentos de inferioridade que prejudicam o desenvolvimento da personalidade;
c) Esperar que a criança realize os sonhos que os pais não puderam realizar, faz com que ela sinta que não é aceita. Muitos pais, sem pensar, desejam que o filho realize as esperanças que não conseguiram realizar eles mesmos;
d) A superproteção de uma criança no geral contribui para o seu sentimento de não-aceitação.Todavia, pela superproteção o espírito de aventura do filho pode ser prejudicado, instilando um espírito de temos em lugar de fé;
e) Esperar demais do filho pode criar sentimentos de não-aceitação. O comportamento inaceitável precisa ser limitado. Aceitação significa respeitar os sentimentos e personalidade do filho, embora mostrando-lhe que o comportamento negativo é inaceitável;

O que Dá Lugar ao Sentimento de Aceitação?

I. Reconheça o filho como único. Não existem duas crianças iguais, cada criança deve saber que seus pais gostam dela exatamente como é;
II. Ajude a criança a descobrir satisfação em seus empreendimentos. Ao manter-se de lado, em lugar de ser superprotetor, o pai não está só aceitando a criança, mas também preparando-a para a vida;
III. Deixe que a criança saiba que você a ama, a deseja e realmente a aprecia. Como? A criança sabe quando os pais tiram tempo para estar com ela, para ajudá-la em seus pequenos projetos e quando se aproveitam de toda oportunidade para demonstrar-lhe amor;
IV. Aceite os amigos de seu filho. Deixar que o filho saiba que você aprecia seus amigos contribui para o sentimento de aceitação dele;
V. Mantenha um relacionamento sincero e genuíno com a criança. Muitos pais colocam a máscara de perfeição. Ao agir assim, eles frustam a criança. Os temores manifestados verbalmente perdem seu terror;
VI. Ouça o que seu filho diz. A criança sente-se aceita quando os pais tomam tempo para ouvir;
VII. Trate seu filho como uma pessoa de valor. As crianças são vistas no sentido de merecerem ser respeitadas como pessoas;
VIII. Permita que seu filho cresça e se desenvolva a seu modo único, próprio. Os pais têm a forte tendência de exercer pressão sobre os filhos – especialmente sobre o mais velho. Em resumo, só quando a criança se sente aceita pelos pais é que pode sentir-se aceita pelos outros e por Deus.

Para VOCÊ pensar um pouco ...
 Aceito meu filho pelo que é e não pelo seu desempenho?
 Encorajo meu filho mais do que lhe faço críticas?
 Evito a tentação de comparar meu filho com outros?


4. AS CRIANÇAS PRECISAM AMAR E SER AMADAS


A inanição emocional é tão perigosa quanto a física. Como pais, a maneira em que estendemos amor a nosso filho afeta profundamente sua capacidade de relacionar-se eficazmente com outros.
As crianças desamadas foram “fechando as portas” durante toda a sua vida.
a) O amor é uma reação aprendida. A criança precisa de afeição calorosa e manifesta todos os dias;
b) O amor entre os pais afeta a capacidade de amar da criança. Ao saber que os pais se amam a criança sente-se segura, estável;
c) O amor deve ser verbal. Palavras de amor são necessárias;
d) Amor pede ação. Falar palavras de amor, mas não agir com amor, também é inútil;
e) O amor envolve confiança. Pais suspeitosos criam filhos furtivos;
f) O amor exige disposição para ouvir. Ouvir cuidadosamente as pequenas mágoas e queixas assim como as alegrias de uma criança comunica verdadeiro amor;
g) Amar significa compartilhar experiências. A participação nas experiências de trabalho e diversão mostra à criança que seus pais a amam e aceitam. Os bons momentos lembrados ainda hoje, são aqueles compartilhados em família;
h) O amor constrói relacionamentos francos e confortáveis. A razão mais importante para a criança desejar ser boa é o amor de seus pais por ela. O amor sempre olha para além das travessuras da infância;
i) O amor reconhece que as pessoas são mais importantes que as coisas. As crianças podem receber presentes magníficos e mesmo assim sentir-se odiadas, porque precisam dos pais e não de presentes. Bem no fundo do coração de cada criança existe o desejo de ser amada. Nenhum presente frio pode substituir isso. Amar é ouvir.

Para VOCÊ pensar um pouco ...
 Fazemos muita coisas juntos como família?
 Passo regularmente tempo brincando com meu filho?
 O ambiente em nosso lar transpira amor?


5. AS CRIANÇAS PRECISAM DE ELOGIOS


O princípio mais profundo na natureza humana é o desejo de ser apreciado. A criança que não recebe elogios e apreciação normais, busca essas coisas de maneira estranha e até prejudicial.
Como uma criança pode mudar tanto? Quando alguém a elogia. Ao ver seus pontos positivos apreciados, ela melhora. As críticas que recebemos são a causa de nossos problemas de identidade. Elogiar não estraga a criança.

Diretrizes para o Elogio

a) Elogie o desempenho da criança e não a sua personalidade. Devemos cumprimentar a criança pelo que fez e não o seu caráter;
b) Louve aquilo que é responsabilidade da criança e não o que não depende dela. Mas elogiar seu filho por atos de bondade e generosidade não o estraga nem torna orgulhoso;
c) Reconheça que o louvor é especialmente necessário por parte das pessoas que são importantes para a criança. O mundo da criança é pequeno. Os pais são o centro desse mundo. A falta de reconhecimento faz com que a criança se sinta desnecessária, indesejada e se julgue um aborrecimento;
d) Elogie com sinceridade. A criança sabe quando você é sincero. Ela não pode ser enganada;
e) Elogie a criança pelo que fizer por sua própria iniciativa. Cumprimentar uma criança que tentou, mas perdeu, lhe dá coragem para continuar tentando e motivação para os tempos difíceis que toda pessoa tem de enfrentar;
f) Tenha em mente que quanto mais cedo for feito o elogio, melhor;
g) Lembre-se de que a atitude dos pais é tão importante quanto suas palavras de ânimo.

Para VOCÊ pensar um pouco ...
 Elogio e cumprimento meu filho livremente?
 Quando meu filho fala comigo, dou-lhe tanta atenção como a um adulto?
 Meu filho expressa apreciação pelo que fiz ou disse?


6. AS CRIANÇAS PRECISAM DE DISCIPLINA


Os problemas emocionais entre os jovens não são causados pela disciplina firme, mas pela ausência dela. A juventude precisa de limite.
a) Definição de disciplina. A disciplina é no geral definida como castigo que produz obediência. Este conceito é muito limitado. A disciplina envolve a modelagem total do caráter da criança, encorajando o bom comportamento e corrigindo aquele que é inaceitável;
b) Propósitos da disciplina. Qual o objetivo final que desejo alcançar no treinamento de meus filhos?
c) Métodos de disciplina. A reação da criança à disciplina dos pais tem muito mais significado do que o método usado. Os métodos de disciplina podem ser resumidos em três categorias: Regulamento, imitação e inspiração.
Regulamento – As crianças ficam confusas e infelizes quando lhes é permitido fazer o que sabem ser errado. Manter um jovem dependente dos regulamentos dos pais quando já deveria estar tomando suas próprias decisões é insensato;
Imitação – Os pais jamais devem fazer algo que não desejem que seu filho imite. O sentimento de certo ou errado da criança depende dos laços emocionais existentes entre ela e seus pais;
Inspiração – A disciplina e o controle não funcionam a não ser que exista uma estrutura de bons sentimentos, afeição e alegria.

Os Cinco Princípios de Disciplina

I. Desenvolver respeito pelos pais. Se os pais não merecerem respeito, então o Deus e a moral deles também não são dignos de ser respeitados;
II. Reconhecer que a comunicação no geral melhora depois do castigo;
III. Controle sem implicância;
IV. Não saturarem o filho com excessivo materialismo;
V. Evitar extremos no controle e no amor;

Para VOCÊ pensar um pouco ...
 Sinto que meu filho me respeita como pessoa?
 Não castigo para dar expressão à minha ira?
 Mostro ao meu filho que o amo depois de castigá-lo?


7. AS CRIANÇAS PRECISAM DE DEUS


É importante que a criança saiba qual a posição diante de Deus, sendo essencial que conceitos corretos de Deus lhe sejam ensinados desde cedo.

A Bíblia e a Criança

a) A Bíblia ensina que em primeiro lugar, os próprios pais devem ter comunhão com Deus. Eles precisam igualmente seguir esse caminho chamado Jesus;
b) A Bíblia coloca a responsabilidade pelo treinamento bíblico dos filhos diretamente sobre os pais. O desenvolvimento espiritual começa em casa. Por mais que a igreja cuide da criança nesse sentido, se não houver colaboração e encorajamento em casa todo o esforço fica perdido;
c) A Bíblia ensina claramente que a instrução dos pais deve ser constante e contínua;
d) A Bíblia diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele.”

Para VOCÊ pensar um pouco ...
 Separo um horário regular para oração pessoal e leitura bíblica?
 Lemos a Bíblia e oramos juntos regularmente como família?
 Não “mandamos” nosso filho para a igreja. Frequentamos regularmente como família?


A permissividade tornou-se um termo que representa conflito entre os pais e os psicólogos infantis. A experiência afirma agora que é possível dar excesso de liberdade a uma criança. Mas, por outro lado, o jovem de hoje mostrou que simplesmente não aceita muitas das restrições impostas aos pais quando estes eram jovens. Tudo isso deixa os pais e mães em dificuldade.


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5 comentários:

Unknown disse...

Muito bom, gostei das mensagens, fique na Paz do Senhor.

Unknown disse...

Que Deus abençoe sua vida, e que seu Ministério seja muito frutífero.

Exército de Cristo disse...

Que Deus esteja contigo!

Anônimo disse...

João Fernandes de Lima disse: gostei do assunto. Escrevi um livro sobre o assunto: "Como levar a criança a Cristo".

António Ja Batalha disse...

Vim fazer-lhe uma visita, e recomendo vivamente que esta Palavra da Verdade nunca se aparte de sua boca, e que os rios do Grande Deus fluam através de seu ser, a graça do Glorioso Jesus brote como um nascente vivo de aguas cristalinas de sua vida para inundar aqueles que sedentos procuram saciar sua sede nos lamaçais deste mundo. Convido a fazer parte de meus amigos na Verdade Que Liberta. Votos de um Feliz Natal e um Ano Novo cheio da graça bendita de Deus. Um abraço.