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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

SHARBIL – Turquia – ano 113

Em Edessa, cidade dominada pelos romanos, as festividades para ho­menagear os deuses envolviam a todos, que deveriam oferecer seus sacri­fícios às divindades por ordem do imperador Trajano. Milhares traziam animais, incenso e oferendas de todo tipo para que os sacerdotes ao re­dor do altar os entregassem aos deuses.

Sharbil estava vestido com roupas magníficas, porque era o sumo sa­cerdote e coordenava todos os sacrifícios e a adoração. Todavia, durante as festividades, Barsamya, pastor da igreja de Edessa, conseguiu conversar com o sumo sacerdote Sharbil em particular, confrontando–o severamen­te por causa de suas práticas idólatras.

Enquanto o pastor lhe falava sobre Jesus Cristo, o Deus verdadeiro, di­zendo que devia abandonar os deuses, em vez de Sharbil se enraivecer e sair, seu coração vazio se apegou às palavras de vida que Barsamya pronunciava.

Ao ouvir um pouco mais sobre o evangelho e sobre tudo o que Cristo tinha feito, Sharbil abriu um sorriso, mas logo se entristeceu. Não sabia corno poderia largar os falsos deuses para servir a Cristo, sendo ele próprio o sumo sacerdote dos deuses de Roma.

Ao ouvir as palavras de desânimo de Sharbil, Barsamya caiu aos seus pés e disse–. "Em Jesus Cristo há esperança para todo aquele que procurá–lo, e cura para todos os feridos".

Assim, o pastor de Edessa convenceu Sharbil de que Cristo era pode­roso para libertá–lo dos falsos deuses, se tão–somente confiasse no Salva­dor. Sharbil, então, ergueu Barsamya do chão e lhe garantiu que, no dia seguinte, assim que as festividades terminassem, ele e sua irmã Babai iriam até a igreja e se tornariam fiéis seguidores de Cristo.

No dia seguinte, Sharbil tirou seu manto de sacerdote, vestiu as rou­pas de um cristão comum, arrependeu–se diante de Deus por seus muitos pecados e saiu pela rua afora cumprimentando a todos com a seguinte frase–, "Que Jesus Cristo, o Filho de Deus, me perdoe por todos os peca­dos que cometi contra você, pois o fiz pensar que os deuses eram reais quando, na verdade, não o são".

Quando o ouviram declarar isso, muitos dos poderosos e influentes líde­res da cidade começaram a caminhar com Sharbil. Aproximadamente setecentas pessoas lhe disseram–, "De agora em diante, abandonaremos os falsos deuses e confessaremos somente o Rei Cristo, assim como você o fez".

Como resultado das centenas de conversões, ocorreu um avivamento na igreja de Edessa. Não demorou muito para que Sharbil fosse levado diante das autoridades romanas. Ele deveria voltar a sacrificar aos deuses ou sofreria as conseqüências do decreto do imperador Trajano.

Apesar de ser interrogado várias vezes e sofrer inúmeras torturas, Shar­bil se recusava a negar o Rei Cristo. Nas semanas que se seguiram, foi açoi­tado por dez homens. Ficou pendurado pelos pulsos até que estes se deslo­cassem. Foi perfurado pelo lado e pelo rosto e recebeu açoites na barriga Teve o rosto queimado por velas. Perfuraram–lhe os olhos com pregos Ficou pendurado pelos pés e foi novamente açoitado. Teve os dedos esma­gados por pedaços de madeira. Foi cozido sobre uma grande chapa de metal Teve vários ossos quebrados. Tantas outras torturas sofreu até que seu corpo ficou tão ferido e mutilado que não havia mais nenhuma parte intacta.

Apesar de tudo isso, todas as vezes que era levado a julgamento, de­fendia eloqüentemente a fé cristã. A intenção do juiz não era matar Sharbil, mas somente torturá–lo a fim de fazê–lo arrepender–se, para servir de exemplo a todos que quisessem desobedecer ao decreto de Trajano.

No entanto, a perseverança de Sharbil cansou o juiz e seus executores que, percebendo não haver mais como torturá–lo de tão desfigurado, acabaram decepando–lhe a cabeça com uma espada.

Para se tornar um Jesus Freak, basta decidir amare servira Cristo deforma radical. Após dez minutos de convertido ou dez anos, você pode decidir viver para Deus muito mais intensa­mente do que viveu para o pecado. Foi assim com Sharbil. Ele viveu mais intensamente para Cristo do que para o erro. "Onde aumentou o pecado, transbordou a graça".

3 comentários:

João Q. Cavalheiro disse...

Caro Pr. João Luiz!

Muito boa postagem e um belo exemplo numa época em que vivemos um cristianismo fácil e de "resultados". Se em nossos dias acontecessem coisas semelhantes, provavelmente não seriam muitos os que estariam dispostos a pagar um preço tal por amor ao nome de Jesus.

Deus continue a lhe abençoar em seu Ministério em levar a Palavra da Verdade onde nossos pés talvez não possam nos levar!

Aceite um abraço de irmão e amigo...

Pr. João Q. Cavalheiro
www.aramasi.blogspot.com

Unknown disse...

A paz do Senhor pr. João Luis.
Como seguidor Assíduo do blog, tenho acompanhado as belas histórias de grandes servos do Altíssimo.
Que venhamos a ser luz do mundo, e sal da Terra.
Deus lhe abençoe.
Abrçs do irmão e amigo em Cristo.
Demétrius A. Silva
http://ciencia-religiao.blogspot.com/

António Je. Batalha disse...

Passei e vi seu blog e gostei, quero deixar um convite: Isto é, se o desejar, gostava que fizesse parte dos meus amigos virtuais no meu blog Peregrino e Servo. É um blog evangélico, falamos de várias coisas, e é a intenção ajudar a cada pessoa a ser mais feliz, este blog foi feito a pensar na sua felicidade, pretende também aproximar mais a criatura do seu Criador. Obrigado.